Rhuan Pedroza demonstrou preocupação com o futuro do mercado nacional de confecções
![]() |
| Crise delicada no grupo industrial administrado por Rhuan Pedroza |
Nesta sexta-feira (18), o presidente do grupo de confecções Arrazzo, Rhuan Pedroza, divulgou uma carta aberta à imprensa nacional expressando preocupação com o mercado de confecções do país. Rhuan apontou o fechamento de duas grandes empresas, que eram seus principais fornecedores, como alerta para a situação econômica do setor e também comentou demissões dentro da própria empresa para sobreviver à crise.
A carta também cita uma situação complicada, que denota o forte endividamento das indústrias têxteis com um possível calote das duas gigantes dado a recuperação judicial que sofrem: “Nosso setor vive seus dias mais difíceis. Nas últimas semanas, as duas principais cadeias varejistas de moda do país entraram em recuperação judicial, deixando um passivo enorme de pagamentos em suspenso. Mesmo com medidas sérias de gestão, elas podem ter dificuldades consideráveis de solução a médio prazo. O efeito cascata dessa crise é ainda incalculável, mas já assustador”, escreveu Pedroza.
Prejuízo
O presidente da Arrazzo ainda completou com a informação de que a saída de lojas gerou um prejuízo de 40% para as confecções e as consequências disso podem ser catastróficas: “As confecções já vêm diminuindo o número de produtos lançados, deixando máquinas com funcionamento mais lento fora de seus planos imediatos, demitindo funcionários em todas as áreas. Com a recuperação judicial, dezenas de lojas foram fechadas, centenas de funcionários foram despedidos, e as fábricas de confecções ficaram sem 40% ou mais dos seus recebimentos— gerando um rombo que oferece riscos graves para o mercado de confecções no Brasil”.
Pedroza ainda admitiu que a própria empresa já começou a fazer cortes, ao demitir funcionários, pela primeira vez em mais de três décadas: “Passei por um dos piores momentos da minha vida pessoal e profissional quando, pela primeira vez em 32 anos de existência da empresa, tive que demitir seis funcionários que faziam parte da companhia há tempos e contribuíam com sua energia para o que construímos no nosso dia a dia. Numa reunião para prestar esclarecimentos sobre aquele triste e inédito acontecimento, uma funcionária me perguntou se as demissões se limitariam àquelas seis. Com sinceridade e a voz embargada, disse que não tinha como garantir”.
"Tomara que 2020 não seja a segunda temporada de 2019", disse o empresário.
"Tomara que 2020 não seja a segunda temporada de 2019", disse o empresário.

Comentários
Postar um comentário